Arquivo mensal: abril 2012

circulação br: O cantil em aracaju

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Última parada. Sergipe, Aracaju. Nossa circulação se encerra nessa cidade calorosa que tanto ainda nos encheu de expectativas para o final da circulação de O Cantil. Chegamos em Aracaju dia 22 de abril e logo conhecemos o local de apresentação, o teatro Atheneu (1954), o mais antigo espaço de espetáculo em atividade no estado e um dos 10 maiores da região nordeste.

Com aproximadamente 900 lugares, o Teatro recebeu um grande número de espectadores durante os dias 24 e 25 de abril nas apresentações de O Cantil. Os debates pós-apresentação que nas capitais anteriores nos foi bastante satisfatório, em Aracaju não foi diferente, pois contamos com uma plateia ativa que muito questionou sobre o processo de trabalho do espetáculo.

A Oficina Jogo e Repetição que aconteceu no espaço Casa Rua da Cultura, ponto de cultura e também sede da Cia. Stultifera Navis, tanto nos oportunizou o contato com um público bastante interessado (atores e estudantes de licenciatura em teatro) como em conhecer mais sobre o trabalho da Cia. e o projeto da casa, deixando a vontade de futuras parcerias.

Estamos muito felizes com a experiência da circulação. De conhecer mais sobre o movimento artístico e teatral da nossa região e em divulgar o trabalho que fazemos como teatro de grupo. Gostaríamos muito de agradecer a todos (produtores locais, técnicos e funcionários do teatro, grupos parceiros, atores e estudantes que participaram da oficina e ao público que apreciou o espetáculo) pela receptividade, carinho e dedicação. Onde junto com a gente registra a finalização de mais um projeto de resultado bastante positivo e que nos enche de expectativas e ânimo para os próximos.

Então, que venham eles.

Oficina jogo e repetição na Casa rua da cultura em Aracaju

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A Casa Rua da Cultura mantida pela Cia de Teatro Stultifera Navis, que do latim significa ‘Nau dos Insensatos’, há 10 anos vem desenvolvendo projetos culturais em Sergipe encabeçados pelo seu fundador e diretor, o cearense radicado em Aracaju desde 1995, Lindemberg Monteiro.

Formado em Direção pela Universidade do Rio de Janeiro – UniRio -, Lindemberg foi aluno da escola de teatro mais antiga da América Latina em atividade, a Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna, no Rio de Janeiro. Quando de sua chegada a Sergipe, em 1995, a cena teatral em Aracaju estava passando por um momento de pouca produção, com poucos projetos e poucas montagens, mas ele não ficou parado: deu aulas de teatro em escolas, montou espetáculos, começou sua própria companhia, criou o que hoje é a Rua da Cultura. Atualmente é o diretor da Casa Rua da Cultura e da cia Stultifera Navis.

A cia, que nessa década de existência já abrigou inúmeros artistas, atualmente conta com uma média de 30 atores que se revezam na montagem dos espetáculos, no cuidado da Casa Rua da Cultura e na criação de projetos de expansão e divulgação de suas atividades.

Saiba mais sobre o projeto e o grupo em : http://www.casaruadacultura.com/

circulação br: o cantil em maceió

Assista a reportagem e saiba mais de nossa passagem por Maceió.

http://gazetaweb.globo.com/v2/videos/video.php?c=14980#

oficina jogo e repetição em Maceió

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Registros da Oficina jogo e repetição em maceió

                                                     Por Gessyca Geyza                                                           


                                                                                                                                                                                            Por Abides de Oliveira

Circulação BR: O cantil em João Pessoa-PB

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O projeto circulação nordeste Teatro máquina chega a calorosa João Pessoa na Paraíba. Calorosa pelo clima e pela receptividade. Temos a oportunidade de estar na cidade paraibana pela segunda vez; desta vez com o nosso espetáculo O cantil, que ainda era inédito na cidade, e nossa oficina de interpretação – jogo e repetição. Nós, impressionados com a beleza do Teatro Santa Roza aguardávamos com expectativa a apresentação da primeira noite. A surpresa foi grande quando espiamos pela cortina e vimos uma fila imensa à frente do teatro. A praça cheia de gente, o barulho do público nos deixou com os nervos a mil para a apresentação. O Teatro mais antigo e tradicional de João Pessoa e que se encontra no centro da cidade, possui 485 lugares e estava lotado, ocupando em torno de 465 lugares numa plena terça-feira. Uma felicidade pra nós! Podemos dizer que ontem realizamos uma das mais belas apresentações de O cantil. Aplauso caloroso ao final, debate instigante com o público nos dá um retorno imediato e uma dimensão do interesse que as pessoas tem para com a linguagem teatral. Cheios de satisfação, nos preparamos para a segunda noite de apresentação e acreditamos que seja tão boa quanto foi a primeira. Aqui a oficina vem trazendo descobertas maravilhosas com as experiências de investigação individual e coletiva trocadas intensamente com os alunos, nos fazendo sempre aprender um pouco mais sobre o trabalho que desenvolvemos e que estudamos. Os relatos dos alunos que colocamos aqui dão uma pequena prova da produtividade que temos tido com a oficina. A segunda noite de apresentação foi ainda mais linda. Uma apresentação emocionante. O público transbordando pelos corredores do teatro; gente assistindo em pé, num cantinho ali, outro acolá; cheio, teatro cheio! Imagem que vai ficar guardada em nossas memórias. Deixamos Paraíba com uma bela bagagem; ideias para a continuidade do nosso teatro, e acreditamos ter deixado também nas pessoas com quem cruzamos por aqui e trocamos essa experiência coletiva e política do encontro algo importante e que movimentou a cidade de um jeito especial. Bem, pessoal, vamos avançando felizes com nossa circulação. Estamos chegando Maceió! Até lá!

 

Oficina jogo e repetição em joão pessoa

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Repetição: estável ou desestabilizado?

(Registro do 1º dia da Oficina Jogo e Repetição em João Pessoa)

 Por Renilson Targino

Uma cena, um movimento artístico, uma performance, um espetáculo com ausência da palavra me move, rouba meu olhar de uma forma inigualável, suscita-me novas idéias, e me dar abertura para inúmeras leituras.
O movimento move o espectador a uma leitura, muitas vezes individual ou coletiva- dependendo do seu grau de subjetividade – os sentidos são criados em nossa mente à medida que absorvemos o que nos é mostrado pelo corpo dos atores, bailarinos ou performes. Quando os movimentos são repetidos inúmeras vezes, é notável a diferença de tempo e espaço. Não existe nada que possa ser repetido da mesma maneira, por mais precisa que a pessoa que execute seja. A efemeridade é perceptível de uma execução para outra, umas em maior escala, outras em menor.A cada novo executar, o movimento é reelaborado, ressignificado e desestabilizado.
No dia 17 de Abril de 2012, comecei uma oficina intitulada “Jogo e repetição, uma composição gestual” com o grupo Teatro Máquina, onde me interessei pela mesma por acarretar assuntos que venho investigando durante um tempo com um colega do curso de Bacharelado em teatro da UFPB. Motivados tanto pela disciplina de Interpretação III, que tinha como foco principal: estudar a linguagem brechtiana, quanto Interpretação IV, que trabalha com princípios de grotowisky, Eugênio Barba, e trabalha com corpo pré-expressivo, teatro-físico e repetição.
A oficina me fez perceber, no 2ª momento ( Trabalho com sensibilidade) que a confiança é importantíssima em qualquer trabalho que envolve relação entre pessoas, no 3ª Momento( trabalho com narração e repetição) a suma importância da concentração em qualquer trabalho artístico ,E que a repetição , olhando por um lado da moeda é uma forma de transformar um movimento em algo tão presente no nosso corpo que depois de um certo momento tornamo-los normalizado, e ao mesmo tempo repetimos como se fosse pela primeira vez.
Nesse 3ª momento foi sugerido que pensássemos em algo que aconteceu em nossas vidas e colocar essa mesma história na 3ª pessoa do singular, e que repetíssemos a mesma história inúmeras vezes olhando para alguém fixadamente.Após isso, sugeriram que escolhêssemos verbos presentes na história e fizéssemos uma ação relacionada a esse verbo, e que repetíssemos, repetíssemos e repetíssemos.
O que me deixa de proveitoso nesse primeiro dia, são perguntas que ficaram na minha mente, que não se diferem das que tinha desde o começo da minha pesquisa sobre “Repetição”, que ao mesmo tempo são e não são palpáveis. São elas: para ter o mesmo sentido do inicio até o final necessita de precisão? O que é possível repetir? É possível repetir a emoção? É possível repetir a ação? O que permanece de uma execução para outra? Seu significado é estável? Ou é desestabilizado?

Maquinaria de sensações

(Registro do 1º dia da Oficina Jogo e Repetição em João Pessoa)

por Anna Raquel Apolinário.


Manhã de corpos e buscando em bela balsa de sensações. Os bem aventurados conduzidos pelas cuidadosas mãos recém-amigas bailavam seus sentidos. Embarcados nesse mar espelhado de intrigantes possibilidades lançavam seus olhos, pés, mãos, corpos entregues em ebulição.

A dança do toque fluía, ela ria, ele reagia e todos submergiam ao sublime sentido sentido de coletivo, de construtor.

Manhã de corpos se buscando, o verbo então se fez ação que passou, eles, elas, uma narração de olhos presentes, pacientes, percebendo, partilhando, perseverando, pares de olhos pesquisando suas máquinas, materializando ideias.

Agir – falar – pensar – intimamente narrar sem os olhos desviar e toda atenção concentrar, repetir é transformar, sempre. Os corpos em estado alterado, ali, apenas ali, concentrados, breve, mas, intensamente transformados.

Manhã de corpos se buscando… Manhã de corpos se encontrando.